Votação na Câmara dos Deputados sobre a admissibilidade do Impedimento de Dilma Houssef. Resumo e votação.




 Ontem, 17 de abril de 2016, no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF, foi realizada à sessão extraordinária da votação da admissibilidade do processo de Impedimento do mandato (Impeachment) da Presidente da República Federativa do Brasil, o DCR. 1/2015 de Hélio Pereira Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Conceição Paschoal.

 Ao meio de um começo muito tumultuado, no Plenário, ao sons de "não vai ter golpe" " Democracia!" por parte dos contrários ao Impeachment. Foi nítida a tentativa de aplicação de um golpe à sessão. Desde permanecerem em locais proibidos no Plenário, até com gritos de ordem e algumas vaias, tentar atrapalhar a fala do relator do processo, o senhor Deputado Jovair Arantes (PTB/GO) dando início à sessão foi feito. Tal golpe na sessão, impedido e de forma exemplar pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

 Foi uma sessão muito calorosa, com os ânimos à flor da pele. Tanto de favoráveis quanto aos contrários ao Impeachment. Impossível de resumir 6 horas em média de votação e ainda citar a votação de cada deputado. Mas, farei o possível para tentar resumir e falar um pouco dos momentos mais marcantes.

 Todos os esquerdistas extremos repetiram à exaustão, com gritos de ordem: " Não vai ter golpe!", " Pela democracia!", " Fascistas", " Pelos movimentos sociais" " Pelos quilombolas, indígenas, pobres, negros de periferia" e afins. Que não existe crime de responsabilidade, por parte da "presidenta". E também, muitos aproveitaram o momento do voto, como palanque para reafirmar o pedido de cassação do Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha que é réu no Superior Tribunal Federal(STF). Que com muita frieza, ouvia a todos sem se manifestar.
 
 Já os outros esquerdistas moderados, apenas alguns direitistas, repetiram sem gritos de ordem que há crimes de responsabilidade, por parte da Presidente da República. E de forma belíssima, citavam suas famílias e Deus. Ignorando a ditadura laicista que querem impor sobre o Congresso. Os únicos gritos de ordem eram os finais. Ou os "sim" ou " Impeachment!".
 Um dos momentos de destaque foi o discurso de Jair Bolsonaro (PSC/RJ). O "Mito" como é chamado carinhosamente, pelas redes sociais e onde quer que vá. Fez o seu discurso dizendo:

 " Hoje é um dia de glória para o povo brasileiro.Tem um nome que entrará para a história, nessa data. pela forma que conduziu os trabalhos nessa casa. Parabéns, Presidente Eduardo Cunha...
 Perderam em 64. Perderam agora, em 2016. Pela família, pela inocência de nossas crianças, em sala de aula, que o PT nunca teve. Contra o Comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Houssef... Pelo Exército de Caxias, pelas nossas Forças Armadas, por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos. O meu voto é sim!"

  Bolsonaro, " O Mito", "mitou" ao se pronunciar contra a ideologia mais assassina do último século, o Comunismo. Por se pronunciar contra o Foro de São Paulo. Não dito, mas significa estar contra uma imperialismo cubano aos moldes bolivarianos, idealizado e tentado por Simón Bolívar. A tentativa de transformar a América Latina, num império boliviano. Porém, Fidel Castro, Lula e o falecido Hugo Chávez, se inspiraram no ideal bolivariano, para tentar formar um império cubano, na América Latina. Esse é o objetivo da organização internacional chamada Foro de São Paulo. Mas, continuando a análise do discurso do Bolsonaro.
 Suas "mitadas" foram citar o Comunismo, o Foro de São Paulo, as crianças atacadas pelo PT através da imposição da ideologia de gênero, no estágio primário escolar. Mas, em minha opinião, não "mitou" parabenizando o Cunha e citando a memória do Coronel Ustra.

  Mesmo que o Cunha tenha conduzido de forma exemplar a sessão, ele é um réu esperando julgamento, no STF. Em minha opinião, é uma falta de ética, ele presidir a sessão. Porém, ética não é Justiça. Ele sendo apenas um réu esperando um julgamento, ele é ainda o legítimo Presidente da Câmara dos Deputados, até vir a ter o seu mandato cassado. Portanto, presidiu e presidirá diversas sessões. E só deixará de presidir, se for cassado. Se for também inocentado, continuará os seus trabalhos.
 Mas, parabenizar alguém, que em minha opinião, fere a ética, por enquanto, enquanto não venha a ser inocentado, pelo STF, não é aconselhável. Principalmente, alguém como o Bolsonaro. Que já é perseguido pela Esquerda, difamado e tem tudo o que diz distorcido e é um pré candidato a Presidência da República.
 Parabenizar o Cunha e citar o Ustra publicamente é material, vídeo e áudio em HD 1080p ou mais, para a Esquerda usar como matéria difamatória.
 Dentro de uma mentalidade sensata e honesta, parabenizar o Cunha, por presidir bem à sessão, não é errado. Não tem ligação alguma, com o seu julgamento, em espera. Porém, seus oposicionistas não são sensatos e nem honestos. Nessa ocasião, se torna um suicídio político. Ou dar munição, para ser assassinado politicamente. Digo isso, como uma crítica construtiva. Gosto do Bolsonaro, gosto de toda família Bolsonaro. Inclusive, caso eu possa a vir a ter a honra dos Bolsonaros lerem a esse mero e humilde artigo. Gostaria de parabenizar tanto ao Jair " O Mito" e o Eduardo " O Mito Kid". Mesmo tendo criticado parte do discurso do Jair, parabenizo por citar o Comunismo, o Foro de São Paulo, nossas crianças e Deus! Uma ovelha falar num covil de lobos que lobos são maus é para poucos. Meus parabéns aos dois!

 E um momento que não posso deixar de citar. O cuspe que o deputado ex BBB Jean Wyllys (PSOL/RJ). Ele tem todo direito de discordar de tudo do Bolsonaro. Inclusive, até se sentir ofendido com o que o Bolsonaro diz. O que é bem diferente do Bolsonaro dizer algo, para ofender o Jean Wyllys, como homossexual. O que ele, o Jean, adora distorcer e dizer que é o que o Bolsonaro faz. Mas, voltando. Por maior que seja a rixa política entre eles, nenhum ato de agressão pode ser tolerado e nem justificado. Esse ato não pode ser encarado como "o grito das minorias", " não confunda a reação do oprimido, com a violência do opressor". Jean Wyllys não tem direito algum, nem ético e nem moral de cuspir no Bolsonaro ou quer quem seja. Isso é quebra de decoro parlamentar e um processo de sua cassação deve ser aberto.

 E um momento acho que muito esperado que não aconteceu. Alguma piada do Deputado Tiririca! Apenas votou sim e foi muito ovacionado. Mas, em minha opinião, "prevaricou" de sua função de comediante. Que eu, particularmente, acho excelente! Mas, nem para dizer que se enganou ao dizer " pior que está , não fica", em sua campanha. E dizer ao povo brasileiro " Pessoal, ficou pior! Por isso, eu voto sim! Sai daí, sua abestada!" (risos).

 E finalizo o artigo resumo do dia de ontem, um artigo que achei que não ficaria tão extenso. Mas, frente a muita coisa de Esquerda que eu vi, sobre ontem, me vi na obrigação de fazer algo que chegasse perto, ao menos.
 E finalizo relembrando a alegria e a emoção que sentiu o Deputado Bruno Araújo (PSDB/PE). Com certeza, o mesmo sentimento de milhões de brasileiros que assistiram ao vivo, talvez, em Alta Definição, o fim da agonia de 6 horas de votação. 6 horas de muita expectativa, esperança e incerteza. e em alguns, talvez, medo. Mas, as incertezas cessaram com os 342 votos e ficou certo, o Congresso admitiu o Impedimento da Presidente da República, Dilma Houssef. Que segue para o Senado. E mais uma página na história da política brasileira, se faz escrita no Plenário da Câmara dos Deputados.

 Obs: Para saberem como votaram os deputados, acessem: http://www.camara.leg.br/internet/votacao/PARECER%20-%20DA%20COMISS%C3%83O%20ESPECIAL%20DCR%201-2015.pdf

 Fonte da imagem e do link: Site oficial da Câmara dos Deputados.